Fazer 30 anos

Quando alguém faz 30 anos, não creiam que seja uma coisa fácil. Não é simplesmente, como num jogo de amarelinha, pular da casa dos 29 para a dos 30 saltitantemente. Fazer 30 anos é cair numa epifania. Fazer 30 anos é como ir à Europa pela primeira vez. Fazer 30 anos é como o mineiro vê pela primeira vez o mar.

Um dia eu fiz 30 anos. Estava ali no estrangeiro, estranho em toda a estranheza do ser, à beira-mar, na Califórnia. Era um homem e seus trinta anos. Mais que isto: um homem e seus trinta amos. Um homem e seus trinta corpos, como os anéis de um tronco, cheio de eus e nós, arborizado, arborizando, ao sol e a sós.

Na verdade, fazer 30 anos não é para qualquer um. Fazer 30 anos é, de repente, descobrir-se no tempo. Antes, vive-se no espaço. Viver no espaço é mais fácil e deslizante. É mais corporal e objetivo. Pode-se patinar e esquiar amplamente.

Mas fazer 30 anos é como sair do espaço e penetrar no tempo. E penetrar no tempo é mister de grande responsabilidade. É descobrir outra dimensão além dos dedos da mão. É como se algo mais denso se tivesse criado sob a couraça da casca. Algo, no entanto, mais tênue que uma membrana. Algo como um centro, às vezes móvel, é verdade, mas um centro de dor colorido. Algo mais que uma nebulosa, algo assim pulsante que se entreabrisse em sementes.

Aos 30 já se aprendeu os limites da ilha, já se sabe de onde sopram os tufões e, como o náufrago que se salva, é hora de se autocartografar. Já se sabe que um tempo em nós destila, que no tempo nos deslocamos, que no tempo a gente se dilui e se dilema. Fazer 30 anos é como uma pedra que já não precisa exibir preciosidade, porque já não cabe em preços. É como a ave que canta, não para se denunciar, senão para amanhecer.

Fazer 30 anos é passar da reta à curva. Fazer 30 anos é passar da quantidade à qualidade. Fazer 30 anos é passar do espaço ao tempo. É quando se operam maravilhas como a um cego em Jericó.

Fazer 30 anos é mais do que chegar ao primeiro grande patamar. É mais que poder olhar pra trás. Chegar aos 30 é hora de se abismar. Por isto é necessário ter asas, e sobre o abismo voar.


De: Affonso Romano de Sant'Anna 

O que cabe no espaço de um ano?

O que cabe no espaço de um ano?



A geração de uma vida Humana
Quatro estações
13 luas cheias...
52 sábados...
1 Natal...
12 cm a mais de cabelo...
Os 365 dias mais lindos e felizes que vivi pensando e amando você, meu coração está em festa para celebrar um ano do noss amor....Te amo!


Nerd Stuff : Mas Poxa Vida

Uma das coisas mais engraçadas da internet depois do "The big bang theory", é claro, humor nerd total e há quem cogite que o PC é meu filho com o Renato Russo, segue aí uma série desse super engraçado cara.

Have fun!







Nossos filhos - Slipping Through our Fingers

Aprendi com uma amiga a gosta de Abba pelas paradoxais letras inocentes e corajosas que imprimem bem a década de 60/70, sem contar que o ritmo me faz sair dançando sempre que estou em casa sozinha, faço até coreografias secretas :)



Amo a maneira como eles cantam o mundo e o amor. Mas neste final de semana eu assisti Mamma Mia (O Filme) inteiro, me arrepie, cantei, dancei e me emocionei. Fiquei impressionada com a coragem dos atores (não sendo o nicho deles) cantarem e dançarem abertamente, sem medo do ridículo ou de qualquer comentário, eu simplesmente amei.



Uma cena em particular mexeu muito comigo, a cena da Meryl Streep arrumando a filha para o casamento (Amanda Seyfried). A cena foi de tamanha doçura entre mãe e filha, aquele momento em que sentimos que os filhos se vão porque cresceram, a cena em que eles Slipping Through our Fingers, fase inevitável....então, o que queria deixar registrado a nós que temos filhos ainda pequenos é: vamos aproveitar cada pedacinho antes que estejamos lá, penteando nossos filhos para o casamento....quem sabe ouvindo essa trilha sonora.


Sobre dormir

Em algumas noites eu durmo com os olhos cheios d’água e soluçando como uma criança, nessas noites eu sinto mais frio e uso mais travesseiros , assim como deixo o abajur aceso e a TV ligada....

 Em outras noites eu durmo feliz e com o coração cheio de amor, esperança e paz.... Nessas noites eu uso apenas um edredom, durmo perfumada, deixo uma vela perfumada acesa e faço longas preces antes de adormecer....

 Em outras meu pensamento me sufoca, pensamentos diversos e esparsos que me deixam com nó na garganta, nessas noites eu sonho com coisas ruins... É como se meu espírito não conseguisse vibrar em tom maior...então preciso de um calmante pra fazer meu coração bater mais devagar, minha respiração não ofegar até minha mente parar...

Em algumas outras noites não paro de pensar, penso em tudo o que tenho que fazer ou em coisas novas que hão de vir, nessas durmo agitada, até transpiro, uso camisolas leves e apago todas as luzes para explicar para minha alma que é hora de descansar....

Em algumas noites eu simplesmente não durmo.

Nostalgia - Desenhos Animados

Estava pensando nos meus heróis da infância hoje:



He-Man:


Como eu adorava a pureza do herói que mesmo em grandes desafios mantinha seu coração intacto;
Sem contar que a lição no final do desenho sempre me passava alguma coisa generosa.






 A Caverna do Dragão:


Me faz lembrar o poder da amizade e da união, sensacional!!! E o amor pelo Uni, como eu amava aquele unicórnio.









Smurfs:


Vamos combinar que o cara que escreveu aquele desenho tomava chá de cogumelo, mas eu procurava a smurfet nos cogumelos do quintal da minha casa (acho que eu nasci meio doidona já) RS...





Jaspion/Jyraia e afins:





Eu só assistia pelos monstros, achava incrível ver aqueles gigantes, aliás, qual nerd não ama efeitos especiais.





Pantera Cor-de-rosa:





Nunca mais um desenho mudo fará tanto sucesso, acho que tenho um Q de Pink Panter.








Perna Longa:





Daí vem todo meu sadismo, totalmente freudiano....não é velinho?







Pica-Pau:





Em todos esses anos nesta indústria vital, esta é a primeira vez que isso me acontece.








Fico preocupada com essa geração Hanna Montana, Barney (vide dinossauro tosco e roxo) e Dragon Ball Z....Estou tentando passar para minha filha a magia de algumas coisas antigas, mas não posso mudar o rumo da história, cada geração com suas paixões.

Bonequinhas também falam palavrões:


Bonequinhas também falam palavrões:


E não sou só eu, conheci Lily Allen ontem e como sou uma devoradora musical fui observar suas letras fortes e pesadas embaladas por uma voz doce e por uma melodia suave....ela te faz lembrar a mim? I think so....Talvez as pessoas mais doces possam ter um lado obscuramente cruel e que nem sempre se manifesta, mas quando vêm a tona a forma pode não ser das mais belas formas.... palavras duras em uma voz de veludo, eis alguns trechos:


“Alright how would it make you feel if I said you'd never made me cum
In the year and a half that we spent together yeah, I never really had much fun”



“What the fuck do you know?
Just cos you're old you think you're wise,
But who the hell are you though,
I didn't even ask for your advice”




“Fuck you (fuck you)
Fuck you very very much
Cause we hate what you do and we hate your whole crew
So please don't stay in touch”






Sobre as canções de amor

Julieta Venegas é uma cantora Mexicana que disse que está cansada das canções de amor porque elas sempre falam de um final feliz e bem sabemos que a vida nunca funciona assim. Eu discordo, acho que as canções de amor nos elucidam ou nos lembram da beleza de se amar e de estar com o ser amado. Quem me conhece sabe da importância da música na minha vida e vou tentar postar em ordem algumas frases fundamentais para se viver um grande amor:

“Eu te amo e vou gritar pra todo mundo ouvir....O meu amor, tem um jeito manso que é só seu....Seus olhos meu clarão, me guiam dentro da escuridão, seus pés me abrem o caminho eu sigo e nunca me sinto só....Eu sem você não tenho porque, porque sem você não sei nem chorar...e serão milhões de abraços e carinhos e beijinhos sem ter fim, que é pra acabar com esse negócio de você longe de mim... Heal me with a smile, Darling Pretty, Heal me with a smile and a heart of gold Carry me awhile, my Darling Pretty Heal my aching heart and soul….E quando você voltar, tranque o portão, feche a janela, apague a luz e saiba que eu te amo…”







“Se isso não é amor, o que mais pode ser, estou aprendendo também....”

Mary and Max


Essa  sem dúvida foi uma das animações mais delicadas que já vi em todos os tempos Não é uma animação para crianças, a história é basicamente assim:

Mary Daisy Dinkle

Solitária, vive na Austrália aos seus 8 anos vendo sua mãe encher a cara e seu pai ausente, resolve escrever para um desconhecido americano cujo o nome foi sorteado em uma lista telefônica, esse também solitário é



                                                                          



                                                                                                                       Max Jerry Horovitz



Sofre do mal de Asperger, tem 44 anos, está com 160 kls e não tem amigos, assim como Mary, Max adora um seriado de TV cujo os personagens são cheio de amigos, outra paixão que eles dividem: doces



Esse filme nos ensina como amizades tão diferentes podem durar uma vida toda, e como somos ou estamos solitários sem os amigos, recomendo muito esse filme, vale a pena cada minuto....quero contar algumas histórias reais:
Certo dia, voltando do meu primeiro emprego em São Paulo, vim sentada ao lado de um cara alto, muito sério, que trabalhava na mesma empresa que eu, aquele cara mal falava com as pessoas mas comigo foi diferente, conversamos sobre tudo e quanto cultura havia naquele ser-humano fechado e solitário como eu, essa amizade já dura 11 anos....
Quando cheguei em São Paulo uma amiga virtual que mora em Natal de longa data veio passear aqui, ela ficou na casa de uma amiga de infância dela, pois bem, fui visitá-la, hoje sua amiga de infância é uma das minhas melhores amigas e é dinda, essa amizade já dura 13 anos....
Assumi a liderança de uma equipe de mais de 30 pessoas em uma grande Telecom, um rapaz tímido mas de muito bom humor me dava carona todos os dias até o metrô, um dia ele me contou segredos sobre sua vida e ficamos grandes amigos, certo dia ele perguntou: “posso batizar sua filha?” eu estava grávida de 3 meses apenas, e tive a certeza que sim, essa amizade já dura 8 anos....
Uma vez na escola, bem no início do ano letivo, eu fui observar o nome dos novos alunos, sempre gostei de olhar a data de aniversário deles e percebi que uma menina até então nova na classe, fazia aniversário um dia antes de mim, fui até ela (eu com minha aparência nerd na época) tive medo da reação dela porque era a menina mais bonita da sala, achei que ela fosse me dar um fora ou simplesmente não me olhar, então eu disse: Regina? Você é um dia mais velha que eu....ela sorriu, me pegou pelas mãos e disse, senta aqui pertinho de nós....essa amizade já dura 20 anos....
Tenho outras lindas histórias mais novas e sei que virão outras....
Onde quer que nos encontremos, são os nossos amigos que constituem o nosso mundo.
William James

*Obrigada por ter visto esse delicado filme comigo.