The Stonewall Celebration Concert

Todas as vezes que ouço esse CD vários assuntos me vêm a mente, um deles é a própria origem do nome do álbum:

Vamos olhar um pouco da história:

Tudo começou no Stonewall Inn, um barzinho gay do Greenwich Village, em que se deu o confronto entre a polícia novaiorquina e os gays da cidade, que lutavam pelos seus direitos.

Manifestantes no Stonewall, em 1969

Os protestos, conhecidos como Stonewall Riots, marcaram o nascimento do movimento moderno pelos direitos dos homossexuais. O cenário para os protestos de 1969 foi o Stonewall Inn, no número 53 da Christopher Street. Na madrugada de 28 de junho de 1969, a polícia invadiu o local, um bar gay bastante popular no bairro. Eram ataques comuns naqueles tempos, devido a uma forte tendência conservadora que prevalecia na sociedade. Os clientes do bar, no entanto, encorajados pelo movimento pelos direitos civis, recusaram-se a se dispersar pacificamente, organizando então uma série de protestos nos dias que se seguiram.

A partir do Stonewall Riots, o movimento pelo orgulho gay começou a tomar forma à medida em que grupos de novaiorquinos formaram a Gay Liberation Front, lançaram o jornal Gay e organizaram a Gay Activists Alliance. A primeira marcha pelo orgulho gay foi realizada em 1970 para celebrar o primeiro aniversário dos protestos de Stonewall.

Em Nova York, muito antes do episódio de Stonewall despertar a atenção sobre os gays, regiões como Bowery e Times Square já conviviam com a cultura gay, desde os fins do século 19. Em 1890, o Bowery já abrigava bares e "lugares degenerados", que reuniam homens gays. Embora se costume associar o Pyramid Club (Avenue A, no East Village) ao surgimento das drags, na década de 1980, as performances do gênero, com homens travestidos, já eram comuns na cena da Bowery. As lésbicas, por sua vez, começam a ganhar espaço nas ruas do Harlem, a partir da década de 1920. Até então, eram pouco notadas, principalmente porque, na época, as mulheres em geral, quando trabalhavam, recebiam baixos salários.

Ou seja, o CD além de ser deliciosamente divino de ser ouvido, tem todo esse contexto político contido...mais uma do meu gênio amado que partiu cedo demais.

A tua ausência me causou o caos

Meu bem, que hoje me pede pra apagar a luz
E pôs meu frágil coração na cruz
Do teu penoso altar particular
Sei lá, a tua ausência me causou o caos
No breu de hoje, sinto que
o tempo da cura tornou a tristeza normal

Depois, que o que é confuso te deixar sorrir
Tu me devolva o que tirou daqui
Que o meu peito se abre e desata os nós

Se enfim, você um dia resolver mudar
Tirar meu pobre coração do altar
Me devolver como se deve ser

Ou então, dizer que dele resolveu cuidar
Tirar da cruz e o canonizar
Digo, faço melhor do que lhe parecer
Teu cais deve ficar em algum lugar assim

Tão longe quanto eu possa ver de mim
Onde ancoraste teu veleiro em flor
Sem mais, a vida vai passando no vazio
Estou com tudo a flutuar no rio
Esperando a resposta ao que chamo de amor

n

Agora eu vou

Ouvi dizer que você tá bem
Que já tem um outro alguém
Encontrei moedas pelo chão
mais não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão.

Eu chorei sem disfarçar
Quando vi seu carro passar
Vi todo amor que em mim ainda não passou
Eu já não sei bem aonde vou, mas agora eu vou

Encontrei moedas pelo chão
mais não vi ninguém pra me abraçar, me dar a mão.


Tentei falar mas você não soube ouvir tente admitir
Tentei voltar e pude ver o quanto errei
te amei mais que a mim
ah bem mais que a mim, mais que a mim

Fernanda Young traduziu o que eu quero te dizer


Envio este post porque nunca mais quero você na minha frente. E dessa vez falo sério. Nunca mais quero ouvir a sua voz, mesmo que seja se derramando em desculpas. Nunca mais quero ver a sua cara, nem que seja se debulhando em lágrimas arrependidas. Quero que você suma do meu contato, igual a um vírus ao qual já estou imune.
A verdade é que me enchi. De você, de nós, da nossa situação sem pé nem cabeça. Não tem sentido continuarmos dessa maneira. Eu, nessa constante agonia, o tempo todo imaginando como você vai estar. E você, numas horas doce, noutras me tratando como lixo. Não sou lixo. Tampouco quero a doçura dos culpados, artificial como aspartame.
Fico pensando como chegamos a esse ponto. Como nos permitimos deixar nosso amor acabar nesse estado, vendido e desconfiado. Não quero mais descobrir coisas sobre você, por piores ou melhores que possam ser. Não quero mais nada que exista no mundo por sua interferência. Não quero mais rastros de você no meu banheiro.
Assim, chega. Chega de brigas, de berros, de chutes nos móveis. Chega de climas, de choros, de silêncios abismais. Para quê, me diz? O que, afinal, eu ganho com isso? A companhia de uma pessoa amarga, que já nem quer mais estar ali, ao meu lado, mas em outro lugar? O tédio a dois - essa é a minha parte no negócio? Sinceramente, abro mão. Vou atrás de um outro jeito de viver a minha vida, já que em qualquer situação diferente estarei lucrando. Mas antes faço questão de te dizer três coisas.
Primeira: você não é tão interessante quanto pensa. Não mesmo. Tive bem mais decepções do que surpresas durante o tempo em que estivemos juntos.
Segunda: não vou sentir falta do teu corpo. Já tive melhores, posso ter novamente, provavelmente terei. Possivelmente ainda esta semana.
Terceira: fiquei com um certo nojo de você. Não sei por quê, mas sua lembrança, hoje, me dá asco. Quando eu quiser dar uma emagrecida, vou voltar a pensar em você por uns dias.

Bom, era isso. Espero que esta carta consiga levantar você do estado deplorável em que se encontra. Mentira. Não espero nenhum efeito desta carta, em você, porque, aí, veria-me torcendo pela sua morte. Por remorso. E como já disse, e repito, para deixar o mais claro possível, nunca mais quero saber de você.

Se, agora, isso ainda me causa alguma tristeza, tudo bem. Não se expurga um câncer sem matar células inocentes.

Adeus, graças a Deus.

Nome do remetente.

P.S.: esta não é mais uma dessas cartas-desabafo.
P.S. do P.S.: esta é uma carta-desabafo-quase-música-de-Adriana-Calcanhoto
fernanda young

Aniversário de morte

Um ano sem você....meu pai da vida toda...
Nunca imaginei que fosse tão difícil superar uma perda, acho que não vai passar nunca, essa dor, essa saudade, esse vazio, essa falta....eu ainda não consegui voltar pra casa desde que você partiu...

O Google ficará noticiando sua morte pra sempre:


É engraçado, quando eu não te via quando eu era criança e sentia saudades, eu ligava o rádio pra te ouvir de manhã ou a tarde...lembro também das noites que você saia e eu não te via acordar aos domingos bem cedinho, então eu esperava seu programa na TV começar...eu sempre mato saudades de você através da mídia...

Eu queria te homenagear, ir no seu túmulo e levar flores, mas como estou longe até disso, quero registrar aqui que meu amor é eterno, assim como minha gratidão, meu carinho, meu cafuné e meus sorrisos diários que você tanto gostava.
Eu te amo Ramão Achucarro, para sempre você vai ser meu pai-avô, meu exemplo de vida e minha inspiração....obrigada pela sua passagem na terra e sei, do fundo do coração que você está bem, na luz e com os anjos.

Fizeram essa linda homenagem pra você e quero compartilhar com o mundo.....



Encantada


Estou assistindo “Encantada” com minha filha, é um filme sobre uma princesa que é jogada do mundo dos contos de fada para o nosso mundo real. A primeira coisa que ela descobre é que não há bondade no mundo, depois ela começa a questionar se relacionamento e seu “felizes para sempre”, depois ela se apaixona por um homem da vida “real” e entra em conflito se troca ou não seu príncipe encantado pelo homem real pelo qual se apaixonou....Eu já fui jogada do conto de fadas do qual eu fazia parte....


Bem, comentários a parte sobre mim, esse filme tem uma trilha sonora muito linda e a Susan Sarandon está espetacular como vilã.


É um filme que vale a pena de ser visto, mesmo para quem não tem filhos pequenos, vai se encontrar em algum pedaço desse conto de fadas destruído chamado vida.

Eu vou ser feliz...em mim

Gosto de pensar assim: se a gente faz o que manda o coração, lá na frente, tudo se explica. Por isso, faço a minha sorte. Sou fiel ao que sinto. Aceito feliz quem eu sou. Não acho graça em quem não acha graça. Acho chato quem não se contradiz. Às vezes desejo mal. Sou humana. Sou quase normal. Não ligo se gostarem de mim em partes. Mas desejo que eu me aceite por inteiro. Não sou perfeita, não sou previsível. Sou uma louca. Admiro grandes qualidades. Mas gosto mesmo dos pequenos defeitos. São eles que nos fazem grande. Que nos fazem fortes. Que nos fazem acordar. Acho bonito quem tem orgulho de ser gente. Porque não é nada fácil, eu sei. Por isso continuo princesa. Continuo guerreira. Continuo na lua. Continuo na luta. No meio do caos que anda o mundo.
ACEITAR É SER FELIZ.


Obrigada Deus !!!!! Os 3 passarinhos sempre vêm......Obrigada

"A arte de ser feliz"

Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.

Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
 
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. 

Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para vê-las assim."

Pedaços de Dória

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos
Tão certo...
Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços
De vidro...

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...
Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço...
Eu sei é tudo sem sentido

Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim...

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que eu segui

Não sei se não quero mais morrer - O freio de mão me impediu.


Suicídio, O Silencio
S.O.S
Olhos divinos, o que você vê não pode se acreditar.
Você não e um deles não se taque do décimo andar.
Abra as portas e as janelas, deixe a luz entrar.
Isso te faz ter solidão?
Me, diga como posso ajudar-la?
Se você tem tanto amor, por que ainda fica assim?
Não basta ser amada?
Ou toda menina tem esse sentimento?
Não pule contra o vento que não te segura!
Meus braços estão leves.
Onde está você?
Precisa ficar sozinha?
Mas, desejo acompanhá-la.
Reclamas tanto de solidão
Por que não posso ficar aqui
A minha insistência a incomoda?
Pos bem, estou indo embora, mas não esqueça de me ligar!
Hoje leio noticia de acontecimento do dia de ontem.
E não entendo por que não me ligou.

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Como um boneco de trapos sinto-me ser controlado, manipulado, usado e invertido, já não consigo ter certezas de coisas que para mim não fazem sentido. Sinto um vazio, um sentimento de solidão que não encontra o seu complemento, vejo-me preso a convicções que não possuem qualquer fundamento.

Rasguei palavras,
nesta vida já rasguei o tempo,
furei barreiras e superei-as
para encontrar meu alimento.
Mas o caminho não é certo, talvez seja tão certo como eu ser poeta, que se fodam objectivos que nunca irão cumprir a meta. Choro lágrimas de sangue, todo o meu corpo parece ficar vermelho, tenho medo de me levantar, medo de ver meu ser ao espelho. Como a droga que consome, só pede mais e nada tem, quantas vezes me vejo colado e esperando por algo que nunca vem.

Procurei sonhos, tentei
compreender a vida e errei.
Venci, lutei e perdi
fiz tudo para provar ao mundo
que gosto, do que vivi,
mas nada prova,
e o meu ser comprova,
que venci, lutei e perdi.

by JackieJealousy Suicídio LiricalColoquei a poesia numa caixa e decorei-a o melhor que o meu ser sabe fazer, foi o melhor que guardei de todo este meu viver. Olhei as fotos de paixões, de momentos felizes nesta vida, pena que sempre no auge do bem, vem um seguimento de partida. Por várias vezes ouvi ser especial, eu penso ser uma especialidade de merda, se sou tão especial porque só mantenho o que me enerva. Porque é que tudo o que tenho, voa com um vento que não vejo soprar, porque é que tudo o que partiu não ganha uma ânsia de voltar.

O meu coração é um espelho, vivo entre sensações que me prendem ao amor, não peço que entendam o que sinto, apenas peço que não me transmitam dor. Queria ser o ponto central de uma partilha, igual, mágica e inalterável, tudo o que me transmitem é falso, sem esperança e pouco saudável.

Hurt by fantasmica Suicídio LiricalChamam qualidade ao meu dar demais, eu chamo ter a menos, dar tudo nada ter, verem tudo e nada vermos. Tudo o que produzo é efêmero, é vago e será esquecido, à muito tempo que não vejo a luz, à muito tempo que me fugiu o motivo. Porque vida? Porque razão tudo parece errado, mal tenho forças para viver, porque me queres manter acordado.

Quero respostas às perguntas que nunca fiz mas sempre quis saber, quero ver a vontade de viver ser superior à de desaparecer. Quero tocar mais alto, quero sentir o céu me possuir, quero ser mais do que sou, mas menos do que me faz sentir. Quero divagar, quero correr no vento atrás de quem já não está aqui presente, quero morrer e dar o corpo a toda essa minha gente. Porque eu não vivo sem os presentes, os que partirão e os que virão, eu não vivo… No meio de tanta solidão.


O assassinato de um filho

Quando eu nasci minha mãe me matou... e não foi em forma de aborto mas em forma de abandono.

Quando eu cresci, ela também me matou, quando provou seu desamor e sua falta de cuidado comigo.

Depois de certa forma outras mães me mataram aquelas que juraram me amar como filha e que me fizeram, por alguns meses, me sentir especial, mas no primeiro sinal de falha humana da minha parte o amor delas também morreu. Se ele morreu tão facilmente, será que ele existiu? Ou será que foi uma forma de piedade para comigo?

Vocês sabiam que alguns ursos pandas acidentalmente matam as mães? Pelo tamanho que eles ficam na hora das brincandeiras as patadas são tão fortes que são capazes de matar a progenitora.

Fernanda Young escreveu um livro libertador que se chama “tudo que você não soube” Uma narradora anônima escreve ao pai moribundo. Quer contar como se tornou uma mulher sóbria e dissimulada, um poço de desamparo e solidão. “Faço questão de que você vá para o inferno”, diz. Não é brincadeira, e os motivos do ódio vêm à tona num relato lancinante. “Nasci sob o signo da desaprovação”, afirma, após revelar que martelou a cabeça da mãe. Melodramático? Sim, mas a autora esmiúça a infelicidade de tal forma que a compaixão pela personagem é inevitável. O acerto de contas é feito nas madrugadas, quando ela se afasta da aparente normalidade do presente – é casada, tem filhos e uma rotina de luxo – e retoma o passado. Aficionada pela cultura pop, às tantas faz uma análise cínica e perspicaz de Atração Fatal, aquele filme sobre traição e vingança com Glenn Close e Michael Douglas. Há uma razão de ser nessa obra visceral. Fernanda, como mãe de gêmeas que é, escancara o estrago que o desamor faz na vida dos filhos

Pois é, eu não tenho essa natureza, porque eu nasci com a maldição de ter uma capacidade infinita de amar, posso colocar todas essas mulheres de lado, fora da minha vida e das minhas infinitas expectativas, mas jamais seria capaz de dizer que deixei de amá-las... e  também decidi não quero mais o amor de nenhuma mãe, eu não preciso delas, acho que nunca precisei, apenas romantizei. A única mãe que devo alimentar e melhor cada dia mais é a mãe que vive em mim, a mãe que deve cuidar da filha que tenho e por ventura das venha a ter.

De resto, sobre o amor incondicional só acredito em dois, o meu amor e o dos livros.