Família

Esse desabafo é bonito e doloroso, como uma obra de Botero que uma vez vi em uma galeria ou como uma sinfonia de Tchaikovsky, mas é importante que eu escreva pois essa história foi uma obra divina.

Por muitos anos senti que não havia ninguem do meu lado, nem pai, nem mãe...por alguns anos eu vaguei realmente sozinha...Uma solidão dessa natureza pode ser sentida nos ossos...uma dor aguda e intermitente que te afeta principalmente quando você está só na hora do jantar ou quando não tem vontade de acordar em um domingo com sol porque simplesmente não há motivos para tal...eu sei bem o que é isso...

Quando vivi sozinha dessa maneira, lembro de ter rezado e pedido amor, e que não fosse um amor de mãe que me havia sido negado ou um amor de pai que jamais conhecera, mas uma amor de fato e de direito. Pois bem, alguns anos depois eu recebi o maior amor do mundo, eu fui mãe....ser mãe me encheu de amor e esse amor fez com que eu entendesse o perdão....esse perdão fez com que eu conseguisse me aproximar do meu pai e que mesmo longe da minha mãe eu pudesse enviar bençãos pra ela e isso me libertou..

Embora esse cenário tenha sido extremamente benéfico, eu sempre senti falta de uma família presente, sabe pessoas que se preocupam com a hora que você sai ou chega? ou que perguntam se você gosta de coca-cola zero? ou que arrumam a cama pra você? (olhos marejados)...Pois então, você me deu esse presente...seu amor foi estendido para sua família e eu me sinto tão especial que quando olho para trás eu sinto que tudo o que eu vivi foi uma ponte estreita, bamba, insegura mas necessária para formar o ser que sou hoje.


Obrigada, hoje eu vou rezar e agradecer pela sua família...agradecer pelo seu amor....pelo amor da Carol..e espero que todas a orações futuras sejam assim, recheadas de agradecimentos. Forever.

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